Jesus, Alegria dos Homens – João 20

Um túmulo sem o corpo que se esperava ver nele, anjos que dizem “ele não está aqui, ressuscitou”, Jesus que aparece sem passar por nenhuma porta… o desconhecido, o nunca visto nem pensado atemoriza. É natural. Teria acontecido o mesmo connosco. Nos evangelhos sinópticos ficaram registadas as reacções de perplexidade, surpresa e medo das mulheres e dos homens que tiveram o privilégio de testemunhar o acontecimento mais extraordinário de toda a história da humanidade. Em João, porém, não há nota desses sentimentos. Não certamente para os esconder mas, imagino, porque na memória do escritor foram obliterados pela experiência maior que prevaleceu nos seus corações – a alegria. A ALEGRIA.

Leio e vejo Maria Madalena a exultar: “Eu vi o Senhor!”. Leio e vejo os discípulos a alegrarem-se ao verem o Senhor.

… mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará e a vossa alegria ninguém poderá tirar.

Ah, como as palavras de Jesus são certas e se cumprem! Como, depois da tristeza e perda, a sua promessa de gozo e paz se realiza.

Que alegria o Senhor que parecia ter sido derrotado, estar ali, vitorioso sobre a morte para reinar para sempre.

Que alegria e que bem aventurança é podermos, hoje, vê-Lo.

Que, como o belo coro final da cantata 147 de Bach, possamos nesta Páscoa dizer com confiança e esperança

É Jesus minha alegria meu prazer consôlo e paz.
Ele as dores alivia e minh’alma satisfaz.
É Jesus meu sol fulgente, meu tesouro permanente.
Eu por isso o seguirei, e jamais o deixarei.

Leni Alves

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