Um admirável mundo novo sem Mãe


Em 1931 o inglês Aldous Huxley escreveu um romance que abre com a descrição de uma fábrica de produção de seres humanos. Nessa época a ideia era pura imaginação; hoje, há cientistas a trabalhar na criação de úteros mecânicos.

Na história de Huxley, as pessoas vivem sob a mão dura de um poder totalitário e confundem-se em massas de indivíduos condicionados que vivem e pensam todos exactamente da mesma maneira. A tecnologia é deus. A individualidade e a liberdade já não existem. A verdade também não. O Estado cria e programa as crianças. A família foi banida. Ter um filho de modo natural é uma obscenidade inadmissível e há uma palavra proibida, tal é o risco que representa para a estabilidade daquela sociedade sem alma fascinada pelo progresso científico. Que palavra tão terrível será essa? Mãe.

Mera distopia? Talvez já não.

No Dia da Mãe, regozijemo-nos pela mãe que Deus nos deu; regozijemo-nos pela mãe que Deus nos concedeu ser. Mas, mais, celebremos a mãe segundo Deus e demos, também, tempo à reflexão crítica: que mães de substituição nos estão a oferecer/impor sob as capas sorrateiras do progresso, da modernidade, da tolerância e outras que tais? Para quê?

Pensemos.

Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.
Isaías 49:15

Leni Alves

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